30.12.11

Balanço

O que os finais e os começos têm de bom, é o facto de nos permitirem fazer um balanço à luz de alguma distância, possibilitando uma análise mais sensata dos acontecimentos e mais isenta do calor das emoções. Balanço é o título de uma música que a Mafalda Veiga canta com o Tiago Bettecourt e que eu adoro. De resto este foi, em tudo, um ano tramado para mim. Foi um ano difícil de gerir e com ocasionais momentos bons. No ano passado por esta altura estava a embarcar rumo a Madrid, para passar a passagem de ano com a Rosa e com o David, um casal fantástico que conhecemos no deserto da Tunísia há uns 5 anos atrás. Ao mesmo tempo a minha mãe dava entrada na Cuf Descobertas com perigo de vida. Foram momentos difíceis, perdi o meu cão ao fim de 17 anos, despedi-me da minha antiga casa, mas também conheci Paris e mudei para uma casa nova. Festejei o primeiro aniversário do meu filho e ganhei uma Taga.

Este foi o balanço do ano passado. Curioso é pensar que este ano foi igualmente intenso. 


Este ano passei pelo maior susto da minha vida e fui operada. Contei com a visita da Juliana, uma amizade com mais de 20 anos e que atravessa o Atlântico. Ganhei um barbecue novo e entreguei a alma do anterior ao criador. Fizemos algumas obras, poucas para o que deveríamos, mas as possíveis. Amortizámos o nosso empréstimo e incrementámos o PPR. Fizemos uma linda festa de anos para o Afonso no jardim. No que diz respeito a passatempos, foi o ano das máquinas de café, ganhámos 3, entre muitos outros prémios que enchem sempre esta família de satisfação. Fomos com o Afonso ver o Carteiro Paulo, o Festival Panda, as Barrigas de Amor, a Festa da Criança, o GreenFest, o Ruca e o Circo Mágico e ainda fomos ao Jardim Zoológico e à Casa das Histórias. Sem o Afonso fomos ver diversos espectáculos do La Féria, algumas antestreias, o Sporting a Alvalade e os Bon Jovi à Bela Vista. Consegui ler sete livros e estou a meio do oitavo. Aprendi a costurar à máquina, fiz seis guardanapos e uma barra para as luvas de jardinar. Este ano também aprendi a fazer malha, fiz imensos cachecóis para oferecer no Natal e estou a meio da minha primeira encomenda. Eu e o André tirámos um mini-curso de agricultura biológica e plantámos e colhemos muitas coisas da nossa horta. Este ano, não viajámos para fora, mas fizemos muitas jantaradas no jardim e fomos muitas vezes à praia. Este ano corri pela primeira vez numa corrida, e senti-me uma vencedora, porque estou resistente e deixei de tomar medicamentos para a asma e comecei a fazer fisioterapia. Para terminar, em 2011 tive a sorte de ganhar duas novas amigas, daquelas que gostamos de conversar e que convidamos para nossa casa.

O nosso subsídio de férias foi para pagar um imposto extraordinário, o nosso subsídio de Natal foi cortado, e financeiramente foi um ano instável e cheio de percalços, mas ao fazer o balanço, nem me lembrei disso. A crise pode servir de desculpa para muitas coisas, mas que não sirva para vivermos mais tristes e fechados. O balanço? O balanço só pode ser muito positivo. Venha 2012 com novos desafios, novos projectos e novas conquistas!

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